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Laços e embaraços

   O tema foi escolhido de forma conjunta. O grupo chegou à conclusão de que falar sobre novas configurações familiares ainda era um tabu, e uma questão que valia a pena ser levantada, tendo em vista que, em nossa sociedade, o modelo mais comum (e aceito) é o composto por pai, mãe e filhos. Buscamos informações e descobrirmos que existem pelo menos nove tipos de configurações familiares.

   Falar sobre essa temática despertou nosso interesse, por levarmos em consideração a relevância social e por entendermos que questões como essa precisam ser amplamente discutidas. Das várias configurações, escolhemos quatro – monoparental, homoafetiva, birracial e LAT, um termo inglês que significa casais que moram em casas separadas. por serem as que mais sofrem preconceito.

   Este webdoc é composto por blocos de episódios – unidades de conteúdo que vão se agregando e se complementando. Os vídeos explicam o que fizemos para chegar ao produto final: o livro-reportagem “Laços e Embaraços

   Esperamos que aproveite. Boa viagem e inspire-se!

Pauta

Na reunião de pauta, são decididos quais fatos serão veiculados. No caso do livro-reportagem, a reunião serve também para encaminhar o viés da temática.

A pauta é um documento que deve conter informações que orientem o jornalista para produzir determinada reportagem. Específica detalhes sobre angulação/enfoque, questões que devem ser levantadas, fontes a serem ouvidas, personagens para contar suas histórias, sugestão de fotos e ilustrações e, claro, o deadline. Pode ser mudada a qualquer momento (caso o repórter ache necessário), pois no decorrer do processo, tudo pode acontecer: a pauta cair, ou a angulação mudar. O texto deve ser sucinto e informativo, uma vez que serve de guia OU roteiro.

Entrevista

O trabalho de produção de um livro-reportagem continua quando o autor vai em busca de informações a respeito da temática. Ele apura, checa e vai em busca de entrevistas -  um dos principais instrumentos para a coleta de dados. Essa é uma das técnicas bem flexíveis para buscar informações, porque por meio dela, podemos saber mais a respeito de um tema ou sobre determinada pessoa. Pode seguir um roteiro fixo, com perguntas preestabelecidas, ou simplesmente fluir durante a conversa.. Na produção do livro-reportagem “Laços e Embaraços”, todas as entrevistas foram feitas de forma individual, e cada integrante do grupo optou por sua própria abordagem.

Texto

Após todo o material bruto, vem a parte da edição do texto. É nesta etapa que os excessos são cortados - o texto deve conter somente o essencial. Para uma boa edição em um livro-reportagem, é necessário que o autor leia e releia diversas vezes o material, a fim de verificar se o texto estabelece uma conexão lógica entre os capítulos. Ou seja, o autor busca detectar falhas que possam prejudicar a compreensão do leitor. É importante que o texto, no livro-reportagem, seja escrito de forma mais humanizada, com riqueza de detalhes; e que dê ao leitor uma visão ampliada sobre determinada situação ou realidade.

Diagramação

Com o texto pronto, chegou a hora de diagramar. Nessa fase monta-se a parte visual do livro e, portanto, deve-se decidir a disposição de todos os elementos, escolhendo cores, tipografias, tamanhos, espaçamentos... enfim, toda a identidade visual. É indispensável que isso seja pensado por todas as pessoas que se envolveram no processo de produção do livro-reportagem e que se faça uma chuva de ideias (brainstorming), afinal uma ideia pode ir levando a outra e, assim, dar cara ao projeto. Lembre-se: na diagramação tudo deve ser pensado e explicado, nada é por acaso.

Dificuldades

Cada integrante do grupo teve sua própria dificuldade. A começar pelo deadline, que foi extremante apertado, pois tivemos mais ou menos um mês para produzir tudo. O processo foi trabalhoso, tivemos que pensar desde a pauta até a diagramação.

Um dos pontos que identificamos foi que, apesar de contar histórias reais, o texto de um livro-reportagem é bem diferente de uma notícia veiculada no jornal. Por ter uma linguagem mais leve e literária, pode ser difícil para um jornalista que está acostumado a relatar informações seguindo o lead tradicional. É preciso se desprender do texto informativo e abrir espaço para uma linguagem mais humanizada e profunda.

Outro ponto importante é com relação às fontes/personagens. Pode ser que a marcação de entrevistas seja uma fase burocrática, pois as fontes são ocupadas, ou marcam e desmarcam com frequência. Ou ainda, podem ser extremamente retraídas e ter dificuldade de contar ou expor determinadas situações.

Isso dificulta muito no momento da entrevista, e por consequência, na obtenção de informações.

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Portanto, esse é um momento delicado e que exige paciência, pois o jornalista depende da fonte – uma das grandes diferenças entre um livro reportagem e um a obra de ficção.

A diagramação pode ser também um dos momentos que mais causem tensão, porque às vezes, imagina-se o projeto gráfico de um jeito, e quando vai colocar em prática, não fica bom: as cores não batem, as letras não ficam legíveis, as fotos ou ilustrações destoam....

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Enfim, é preciso paciência e dedicação para que tudo saia em perfeita harmonia, pois se a diagramação for ruim e malfeita, o texto sequer será lido. A diagramação é o que atrai os olhos do leitor. A expressão “julgar o livro pela capa” é muito verdadeira e percebemos que nunca fez tanto sentido.

Aqui, contamos o processo de produção do nosso livro-reportagem. Esperamos que goste. 

Leia

Clique no ícone abaixo e faça o download grátis do livro-reportagem em PDF

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